quarta-feira, 6 de abril de 2016

Sistema garantirá mais segurança nos campi da UFPel

A Universidade Federal de Pelotas, através das Pró-Reitorias de Infraestrutura, de Planejamento e Desenvolvimento e Administrativa, está instalando um novo sistema de monitoramento da Instituição. O objetivo do projeto, pensado desde 2013, é fazer uma qualificação do serviço de segurança, integrando portaria, vigilância e câmeras de monitoramento.

O sistema conta com duas salas de acompanhamento situadas nos campus Anglo e Capão do Leão. Ligadas 24 horas por dia, as 322 câmeras internas e externas contam com uma tecnologia inteligente, um alarme soa quando alguma infração é identificada. Ainda, é possível fazer contagem de pessoas, ronda por comportamento estranho ao redor de veículos e identificação facial.

O novo sistema contará também com um “Corredor Seguro”, com a instalação de câmeras externas nos prédios mais altos, fazendo o monitoramento da via pública onde os alunos transitam. O objetivo é dar mais segurança para os estudantes e também ajudar na resolução de ocorrências, espelhando as imagens das câmeras para a Brigada Militar, afirma o responsável pela distribuição e implantação do sistema, Luciano Flores.

A previsão é que em 40 dias todos os prédios da Universidade já tenham recebido o novo sistema.

Fonte: http://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2016/04/05/novo-sistema-garantira-mais-seguranca-nos-campi-da-ufpel/

Aluna é estuprada em campus da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Acadêmica de 25 anos foi estuprada na manhã desta segunda-feira (4) por um homem identificado pela polícia como Flávio Mauri de Souza, 36 anos. O crime aconteceu no campus da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), na Cidade Universitária.

A mãe da vítima, de 53 anos, esteve na Delegacia de Atendimento à Mulher (Dam), onde relatou que sua filha chegou da faculdade e foi direto para o banho. Em seguida, lavou a calcinha, o que causou estranheza na testemunha.

A estudante passou a conversar com a mãe e disse que uma amiga havia sido estuprada. Desconfiada, a mulher foi até o cesto de roupa e encontrou a blusa da estudante suja e a calça manchada de sangue.

A mãe então retomou a conversa com a jovem que revelou ter sido estuprada por Flávio, com quem teve um breve namoro em 2014. À época, a família não aprovava o relacionamento e a estudante terminou o namoro.

Ainda de acordo com testemunha, a acadêmica sofre de distúrbios neurológicos e faz tratamento médico desde criança. A mulher entregou as roupas da filha na delegacia e momentos depois investigadores da Dam prenderam Flávio em flagrante.

De acordo com informações repassadas pela polícia, Flávio foi autuado por vias de fato violência doméstica em 2007, furto em 2008, roubo majorado pelo emprego de arma em 2011, furto qualificado em 2013 e portar drogas para consumo em setembro e em outubro de 2015.

UNIVERSIDADES

Por meio de nota oficial, UFGD e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) repudiaram o crime. As instituições cederam à polícia imagens do sistema de filmagem e frisaram que para assegurar a integridade dos alunos estão reestruturando a iluminação e implementando plano diretor que prevê reforço na limpeza, manutenção, integração dos espaços e planejamento de segurança.

As universidades garantiram ainda que disponibilizaram acompanhamento psicológico, assistência social, jurídica e de saúde para atender a acadêmica.

Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/
Enviado por: Mozarte - UFRGS

Após ato contra estupros, UFRRJ assume insegurança e pede desculpa

Mulheres que estudam na Rural, em Seropédica, cobram mais segurança.
Página virtual reúne mais de 600 relatos de abuso sexual no campus.


Depois de ter o prédio ocupado por alunas cobrando providências contra crimes sexuais cometidos contra mulheres em seu campus em Seropédica, na Baixada Fluminense, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) divulgou nota pública reconhecendo falhas na segurança. No comunicado, a instituição ainda pede desculpas pelo “inadequado acompanhamento” de um dos casos de estupro ocorrido em suas dependências.

O protesto, realizado na tarde desta segunda-feira (3), mobilizou dezenas de estudantes, que se vestiram com roupas pretas e usaram batom vermelho simbolizando, respectivamente, o luto e a defesa da liberdade feminina. “Não nos calaremos”, gritavam as estudantes no prédio principal da universidade.

De acordo com uma estudante de história, de 18 anos, a mobilização foi motivada pela condição insegura das alunas da Rural, que convivem com constantes casos de abusos sexuais. Dados oficiais do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ) apontam que em 2015 foram registrados 28 casos de estupro na 48ª DP (Seropédica). Os dois primeiros meses de 2016 somam dois casos.
Alunas da Rural ocuparam o prédio da Reitoria para cobrar mais segurança para as mulheres que estudam em Seropédica (Foto: Mariana Vieira/Arquivo Pessoal)Alunas da Rural ocuparam o prédio da Reitoria para cobrar mais segurança para as mulheres que estudam em Seropédica (Foto: Mariana Vieira/Arquivo Pessoal)


As estatísticas de março ainda não foram divulgadas pelo ISP, mês em que ocorreu o caso de estupro mais recente e com maior repercussão dentro do campus da Rural.

“Uma menina foi estuprada dentro do campus por um aluno da educação física. Ele foi visto desfilando pela Rural com a calcinha da menina na cabeça, a exibindo como se fosse um troféu. A reitoria fez de tudo para abafar o caso. Foi extremamente grave. A menina abandonou a universidade, voltou para a cidade dela, enquanto o agressor continua caminhando por lá impunemente”, contou a aluna de história.

Na nota pública divulgada pela universidade, horas depois do protesto, a Reitoria afirma que tão logo tomou conhecimento do estupro ocorrido em março, o vice-reitor da instituição, Eduardo Mendes Callado, “prestou todo o apoio necessário à vítima, tendo acompanhado a mesma até a 48ª DP (Seropédica), onde foi feito o Registro de Ocorrência. Ele também a acompanhou ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exame de corpo de delito”. Destacou ainda que foi instaurado um Processo Administrativo e Disciplinar para apurar o caso e que a comissão formada para apuração dos fatos “adotará todas as providências previstas no Regimento Geral e no Código Disciplinar desta Universidade, com a aplicação integral das sanções recomendadas”.

Ao relato da aluna, somam-se outros mais de 600, registrados por meio da página “Abusos cotidianos – UFRRJ”, criada no Facebook por uma das muitas vítimas com o objetivo de denunciar a violência sofrida pelas mulheres na universidade. Há relatos de casos ocorridos desde 1970.Rotina de medo
Em um ano de curso, a estudante de história, relata já ter sido vítima de agressão dentro do campus. “Eu fui parada por um cara, puxada pelo braço e quando eu empurrei ele, me puxou, me agarrou. Ele só parou porque um amigo viu e interveio. E isso foi à luz do dia”, contou.
Página no Facebook criada em 2013 reúne relatos de mulheres sobre abusos sexuais sofridos nas dependências do campus em Seropédica. (Foto: Reprodução/Facebook)Página no Facebook criada em 2013 reúne relatos de mulheres sobre abusos sexuais sofridos nas dependências do campus em Seropédica. (Foto: Reprodução/Facebook)


Na nota publicada após o protesto desta terça-feira, a UFRRJ disse reconhecer “que existem problemas de segurança no campus Seropédica” e pediu “apoio de toda a comunidade acadêmica para ajudarmos uns aos outros”. Destacou que “aumento da ocorrência de casos de violência contra a mulher no interior das universidades brasileiras é uma dura realidade” e ressaltou que “devemos considerar as dificuldades e as limitações da nossa realidade institucional” para o atendimento propostas discutidas no Fórum para a Construção de Políticas Institucionais de Acolhimento às Vítimas de Violência Contra a Mulher, realizado entre 7 e 9 de dezembro do ano passado.

No mesmo comunicado, a UFRRJ disse ser “solidária às vítimas” e registrou “um pedido de desculpas em relação a outro caso de violência, ocorrido em 2015, ao inadequado acompanhamento do mesmo”.

“Eles deram uma resposta, finalmente, mas ainda é muito raso. Não é de hoje que cobramos uma solução. A gente briga por mais iluminação, por mais segurança. A gente não tem segurança para andar e as distâncias dentro do campus são muito longas. E não é só dentro do campus não. A maioria de nós, alunas, mora em Seropédica e a gente não sair sozinha, nem para ir ao supermercado de manhã, com medo de assalto e de ser estuprada. É um problema da cidade”, enfatizou uma estudante.

Matéria completa, visite: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/04/apos-ato-contra-estupros-ufrrj-assume-inseguranca-e-pede-desculpa.html 

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/04/apos-ato-contra-estupros-ufrrj-assume-inseguranca-e-pede-desculpa.html