quarta-feira, 13 de abril de 2016

Cartazes com agressões a mulheres são espalhados na Ufrgs

Alunos e professores de diversos cursos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) foram surpreendidos, na manhã desta segunda-feira (11), por cartazes com mensagens machistas e racistas colados em frente a vários centros acadêmicos da universidade.
Um dos cartazes trazia a frase “menos empoderamento, mais empauduramento”, além de uma foto de uma mulher negra cujos olhos foram manipulados para ilustrarem uma espécie de “possessão”.

Havia ainda um texto contra o feminismo, atribuído a Hebe Camargo: “O feminismo não luta pela igualdade de direitos, mas pe um movimento político socialista inimigo da família, que estimula a mulher a largar seu marido, matar seus filhos, praticar bruxaria, destruir o capitalismo e tornar-se lésbica”.

Outro cartaz trazia a mensagem “Bolsonaro presidente” ao lado do retrato do Deputado Federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

As mensagens são assinadas com a sigla F.O.D.A.S.C.E (Frente de Oppressão de Abobados, Socialistas, Comunistas, Etc). e o símbolo do coletivo é uma estrela vermelha transpassada por um pênis ereto.

Departamento de História lança nota de repúdio

Os cartazes foram colados em frente aos centros acadêmicos de História, Biologia, Geologia, Geografia e Economia. Estudantes da universidade acreditam que a ação ocorreu durante o final de semana. Os locais escolhidos pelos autores das mensagens opressoras não dispõe de câmera de segurança.

A chefia do Departamento de História da UFRGS lançou uma nota, através do Facebook, repudiando os “ataques fascistas”.

Na nota, o Departamento defende ser “cada vez mais necessária” a “luta constante contra práticas autoritárias fundadas unicamente na discriminação social, racial e de gênero”.

O texto defende ainda que a “universidade pública deve se constituir como lugar privilegiado para o resguardo das práticas políticas democráticas e republicanas”.

Uma reunião está marcada para a tarde desta segunda-feira, no Departamento de História. A universidade ainda não se manifestou formalmente sobre os cartazes.

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