quinta-feira, 5 de março de 2015

Roubos preocupam funcionários na UFSC em Florianópolis

Seguranças não usam armas e ficam em desvantagem frente aos bandidos

A menos de uma semana para o início do ano letivo na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), os assaltos já começam a preocupar os funcionários e alunos, no campus de Florianópolis.

Entre domingo e segunda-feira (2), duas mulheres foram atacadas, mas apenas uma acionou o Departamento de Segurança Física e Patrimonial da universidade e também deu queixa na 5ª DP.

De acordo com a servidora Janaína, o ataque ocorreu por volta das 8h de segunda-feira, atrás do prédio do RU (Restaurante Universitário). Ela contou à polícia que o suspeito armado de revólver colocou a arma em seu peito e roubou o notebook e a carteira contendo R$ 80, nove euros e documentos pessoais. Pelas características físicas do ladrão, repassadas pela vítima, o chefe de segurança do campus, Leandro Luís de Oliveira, 42 anos, recorreu ao seu acervo fotográfico particular e reconheceu o suspeito. O caso foi repassado para a 5ª DP.

Como o campus não é totalmente cercado, há vários locais vulneráveis por onde invasores têm acesso para circular no campus.

Conforme Leandro, a segurança no campus é feita por 45 agentes plantonistas, auxiliados por 1.171 câmeras de vigilâncias. O problema, segundo ele, é que apenas uma pessoa na central de videomonitoramento não dá conta para olhar tudo o que se passa no entorno da UFSC.

Além disso, os servidores questionam os equipamentos de segurança que têm à disposição e requisitam um número maior de efetivo e a liberação do porte de arma. Em várias universidades, os agentes trabalham armados. Na UFSC, eles têm apenas o Taser (arma de choque) que, se comparada ao armamento dos assaltantes,é obsoleta, pois seu alcance é mínimo em relação à arma de fogo.

Leandro contou que a questão da segurança em universidades federais vai ser debatida nesta quinta e sexta-feira (6) num encontro de reitores em Poços de Caldas (MG).

Fonte: RICMAIS