sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Em reportagem Polícia Federal diz ter mapeado pontos de tráfico em campus universitário

Em matéria divulgada pelo Jornal Correio de Uberlândia, Polícia Federal (PF) diz ter feito mapeamento dos locais onde ocorrem a venda e o consumo de drogas dentro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O resultado da ação, denominada “Operação Atalaia” e que começou em agosto deste ano, foi divulgado nesta sexta-feira (25) pelo delegado chefe da PF de Uberlândia, Carlos Henrique Cotta D’Ângelo. 

D'Ângelo informou ainda que além dos acadêmicos outras pessoas que não possuem qualquer vínculo com a instituição também frequentam o campus da UFU para comprar e consumir drogas (Foto: Taffareu Tarcísio)

De acordo com o delegado, tanto os usuários quanto os traficantes foram identificados, dentre eles, alguns menores de idade. “Alguns já foram presos, mas infelizmente vai acontecer a reposição desses indivíduos”, disse.

Segundo D’Ângelo, se a comunidade acadêmica tolera que os alunos usem drogas dentro da universidade, consequentemente isso levará a furtos e outros atos ilícitos e criminosos. “As nossas investigações concluíram que a questão da UFU é muito mais institucional do que de polícia e essa ideia de que a polícia não entra no campus é mentira”, afirmou.

O delegado informou ainda que, além dos acadêmicos, outras pessoas que não têm qualquer vínculo com a instituição também frequentam o campus da UFU para comprar e consumir drogas. “O uso de drogas é ilícito e, no caso dos estudantes, eles podem ser responsabilizados administrativamente, inclusive podendo ser expulsos da universidade. A direção tem que chamar seu corpo discente e docente e discutir o que eles querem lá dentro”, disse.

Competência

De acordo com o delegado chefe da Polícia Federal (PF) de Uberlândia, Carlos Henrique Cotta D’Ângelo, é preciso ficar claro para a comunidade que a PF não tem a missão constitucional de polícia de patrulhamento. “Mas isso não nos impede de fazer patrulhamento em qualquer lugar do Brasil“, afirmou D’Ângelo. Segundo o delegado, a UFU tem seis vezes mais o número do efetivo da PF, que é menor que 60 homens e que atende 60 municípios. “Não é o nosso papel. Poderíamos fazer, mas não temos condições para isso”, disse.

Com relação à alegação da Polícia Militar (PM) de que não era papel da corporação fazer o patrulhamento na UFU por se tratar de uma área federal, conforme divulgado no CORREIO de Uberlândia nesta quinta-feira (24), o delegado D’Ângelo afirmou ser uma argumentação inadmissível. “Estamos falando de uma área pública de uso comum. A PM só precisaria de autorização do reitor caso fosse usar instalações ou edificar, mas entrar, patrulhar e prender pode ser na hora que quiser, sem ter que pedir autorização a ninguém. E isso é válido para a PM e PF”, afirmou.

Assista ao vídeo abaixo:

Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/policia-federal-mapeia-locais-de-trafico-e-consumo-de-drogas-na-ufu/

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