sábado, 28 de junho de 2014

Reitor da Ufal descarta guarda universitária no campus Maceió

Segundo Eurico Lôbo, função não existe no âmbito do serviço público; ele defendeu posto permanente da PM

Foto: Gazetaweb/Arquivo
Eurico Lôbo diz que função de guarda universitária não existe no serviço público
Eurico Lôbo diz que função de guarda universitária não existe no serviço público
O reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eurico Lôbo, descartou, em entrevistanesta terça-feira (20), a instalação da guarda universitária no Campus A.C. Simões, situado no bairro Cidade Universitária. Segundo ele, a função não existe no âmbito do serviço público do governo. 

Questionado sobre a possibilidade de criação da guarda, para minimizar os casos de violência que assolam alunos, professores e funcionários da instituição federal, o reitor não cogitou qualquer possibilidade e fez menção, apenas, aos vigilantes, que estão sendo extintos do quadro da universidade. Segundo Eurico Lôbo, em breve, outras universidades vão extinguir a função de vigilância de suas dependências. 

“A comunidade universitária via a necessidade de que fizéssemos uma intervenção junto ao governo para que ele fizesse aquilo que é de seu dever constitucional e um direito do cidadão, porque a segurança do cidadão, esteja ele dentro ou fora da universidade, é um dever do Estado. Portanto, fui cobrar ao governo um olhar especial para dentro do campus, onde circulam 30 mil pessoas todos os dias”, informou o reitor. 

Quanto às medidas adotadas na prática, ele disse que o Estado atendeu de imediato as necessidades da comunidade universitária e, na última semana, houve rondas policiais feitas pela Cavalaria. Porém, a solicitação da reitoria é a implantação de um posto permanente dentro do campus, a exemplo da maioria das universidades do país. “Talvez a Ufal seja uma das poucas que ainda não têm. O que a gente quer é que a comunidade possa transitar aqui dentro, estudar e fazer seus trabalhos de pesquisa com tranquilidade”, assinalou Lôbo. 

Ele reforçou, também, que não pode fazer uma análise crítica do grau de insegurança que afeta o campus há alguns anos, já que a avaliação tem que ser tratada por um especialista. O gestor diz que a universidade está “encravada” em uma região com um contexto social difícil; mas, por outro lado, a instituição participa de processos de extensão, construindo uma relação amigável com as comunidades circunvizinhas. 

“Apesar de tudo, é evidente que esse processo de crescimento da insegurança e da violência é nacional. Nós temos grupos de pessoas que estudam isso do ponto de vista das intervenções de suas pesquisas. Mas existem limites e alguns problemas, não somos capazes de resolvê-los. Penso que os resultados que começam a aparecer são muito satisfatórios. Nas redes sociais, há várias manifestações favoráveis a essas medidas”, frisou.

Fonte: Portal Gazeta Web
Enviado por: Canuto - UFRRJ