sábado, 31 de maio de 2014

Festa da Uff, em Rio das Ostras, costura vaginas e usa crânios humanos em suposto ritual.

Evento aconteceu no último dia 28, dentro do campus da universidade.

Uma festa ocorrida dentro do Campus da Universidade Federal Fluminense em Rio das Ostras, está causando polêmicas na internet. Com o nome de “Xereca Satânik”, o evento criado no facebook teve 2.200 convidados e 334 pessoas que confirmaram presença. De acordo com a página do evento, a festa é uma confraternização do Seminário Corpo e Resistência e - 2° Seminário de INVESTIGAÇÃO & CRIAÇÃO do Grupo de Pesquisas/CNPq Cultura e Cidade Contemporânea, e dentre as atrações anunciadas estão destruilção, paganismo, bruxaria, travessuras e travestis, sapatânicas, promiscuidades, orgias e Respeito. Em fotos publicadas na internet, jovens podem ser vistas nuas sendo costuradas por outras participantes.
Após os primeiros comentários gerados na internet, uma integrante do evento criado postou um manifesto que apresentou o movimento como sendo de arte e representando a liberdade dos corpos. Ainda de acordo com o manifesto “Todos os valores que vos ensinaram nas escolas e nas igrejas, nós viemos ao mundo para profaná-los, para manchá-los de sangue. Nós queremos chocar vossas cabeças com nosso modo agressivo e marginal de existir, foi assim que vocês nos geraram nesse mundo extremamente desigual. Somos criações poeticamente pervertidas e obras santificadamente degeneradas.” O texto foi produzido em solidariedade aos participantes que estão sendo denunciados ao Ministério Público, Conselho Universitário e mídia após realizarem um evento performático.
O reitor da UFF, Roberto Salles, informou que além da abertura de uma sindicância, proibiu os diretores do pólo de se pronunciarem sobre as festas que acontecem dentro da instituição. Concluiu, afirmando que todas as informações serão apuradas e os responsáveis punidos.
Fonte: http://www.cliquediario.com.br/en/jornal/cidades/2927/Em-Rio-das-Ostras-festa-da-Uff-costura-vaginas-e-usa-cr%C3%A2nios-humanos-em-suposto-ritual.htm


O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,universidade-e-pf-investigam-performance-em-que-mulher-teve-peito-cortado-e-outra-vagina-costurada,1505016
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UNIVERSIDADE E PF INVESTIGAM PERFORMANCE EM QUE MULHER TEVE PEITO CORTADO E OUTRA, VAGINA COSTURADA.
Fonte: Thaise Constâncio - O Estado de São Paulo
03/06/2014

Trabalho encerrou seminário Corpo e Resistência, da Universidade Federal Fluminense. Chefe do departamento destacou que performance foi realizada 'dentro de uma perspectiva acadêmica' e que artista estava 'em plena posse dos sentidos e o fez porque quis'.

RIO - Era para ser uma performance contra o aumento de estupros e a violência sexual contra a mulher como parte do seminário Corpo e Resistência, no câmpus de Rio das Ostras, na Região dos Lagos, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Terminou como uma grande polêmica sobre arte e os limites da liberdade de expressão quando fotos do evento foram publicadas nas redes sociais. A universidade e Polícia Federal investigam o caso.

Além de discussões teóricas, o seminário, realizado no dia 28 de maio pelo curso de Produção Cultural, incluía uma apresentação da artista mineira Raíssa Vitral e uma festa intitulada Xereca Satanik. Durante o evento, mulheres ficaram nuas, uma participante foi cortada no peito com um estilete e Raísssa - que costuma usar o próprio corpo como parte das performances -, teve a vagina costurada enquanto fumava e conversava. Tudo fazia parte de uma performance artística.

Choque à sensibilidade - Diante da polêmica, o chefe do departamento de Artes e Estudos Culturais, Daniel Caetano, explicou em seu perfil no Facebook que as performances foram “feitas para chocar a sensibilidade das pessoas e fazê-las pensar sobre seus próprios limites”. “Damos apoio total aos promotores do evento, realizado dentro de uma perspectiva acadêmica, com base em discussões ocorridas nas aulas de uma disciplina. É coisa séria e deve ser respeitada.”

Ele acrescentou que costurar partes do corpo “não é novidade” e já foi reproduzido por artistas contemporâneos como Marina Abramovic e Lydia Lunch. O professor esclareceu que Raíssa “estava em plena posse dos seus sentidos e o fez porque quis” e "nenhum aluno ou qualquer outra pessoa foi constrangido a fazer nada”.

“Qualquer tentativa de intimidar o curso, os alunos, os professores ou os participantes do evento será por nós considerado um gesto de censura (...), não haverá de nossa parte qualquer censura a atos do gênero.”

Na segunda-feira, 2, a UFF instaurou uma comissão de sindicância para, em 30 dias, apurar o que aconteceu no câmpus de Rio das Ostras. No mesmo dia, o vice-reitor em exercício, Sidney Mello, afirmou em nota publicada no site da universidade que “é inegável o direito da manifestação política e cultural. Existem, no entanto, regras mínimas de respeito pelo outro e pelo espaço público, norteadas por princípios éticos e pela legislação vigente”.

Nesta terça-feira, 3, o vice-reitor ressaltou que a Direção Central “não compactua com qualquer tipo atividade que, desvirtuando de sua essência institucional, extrapole os limites do razoável, atentando aos valores da liberdade e igualdade, ou ofendendo a dignidade da pessoa humana”.

A Polícia Federal também investiga “as circunstâncias da utilização do patrimônio público federal” e vai ouvir representantes da UFF e os responsáveis pela organização da festa para esclarecer o caso.

Estupros - Um dos objetivos da performance era “denunciar” o aumento das ocorrências de estupros em Rio das Ostras: no primeiro trimestre de 2014 houve 20 registros, contra 14 casos no mesmo período do ano anterior (crescimento de 42%), de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública.

Questionada sobre o aumento da violência sexual contra a mulher na cidade, a prefeitura de Rio das Ostras informou que o crescimento populacional “está diretamente relacionado ao aumento dos índices de violência”. Em 2004, havia 45 mil habitantes, ante 120 mil pessoas em 2013.

A prefeitura também informou que reforçou o patrulhamento no município em, pelo menos, 80 policiais e aumentou a quantidade de câmeras de vigilância na cidade (de 20 para 60). Além disso, ampliou o Núcleo de Atendimento à Mulher, na 128ª Delegacia de Polícia, e oferece atendimento individualizado às vítimas de todos os tipos de violência.