terça-feira, 8 de outubro de 2013

Fala da Coordenadora Geral do DCE-UFJF, durante o XXII SEMINÁRIO NACIONAL DE SEGURANÇA DAS IPES

A Coordenadora-geral do DCE UFJF, Laiz Perrut, participou na manhã de ontem da mesa de abertura do XII Seminário Nacional de Segurança das Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES).

Em sua fala, Laiz denunciou os problemas existentes em decorrência da falta de realização de concurso público para vigilantes e a terceirização do serviço de vigilância. Hoje, na UFJF, há apenas 32 servidores vigilantes, sendo todo o restante do pessoal necessário terceirizado, o que traz problemas como a falta de preparo dos e das profissionais por parte das empresas contratadas, a alta rotatividade de funcionários, a sua desvalorização - seguindo a lógica lucrativa das empresas privadas, o que reflete diretamente na queda da qualidade dos serviços prestados.

Aliado a este problema, Laiz enfatizou que a solução para problemas relativos à segurança não consistem apenas em construir prédios com câmeras e diversos dispositivos eletrônicos, uma vez que não se investe no básico: educação, políticas públicas e pessoal qualificado.

Laiz também afirmou que a falta de políticas públicas para a juventude, especificamente, é uma das grandes razões para o grande aumento da violência em Juiz de Fora, sobretudo entre jovens negros moradores dos bairros mais pobres. A cidade de Juiz de Fora e o estado de Minas Gerais possuem uma visão negativa do jovem como somente pessoas na transição da infância para a fase adulta, e representantes de perigo e risco à sociedade se não estiverem "ocupados", o que contribui à lógica mercantilista da exploração da mão-de-obra jovem e não do oferecimento de políticas públicas por parte do Estado e do Município.

Aplaudida pelos e pelas presentes, Laiz encerrou dizendo que o DCE UFJF é solidário à pauta dos servidores sobre a necessidade de concurso público para provimento de cargos de vigilantes e, para além disso, cobrar do poder público a implementação de políticas públicas para a juventude como forma de se buscar uma solução para a questão da violência.

Enviado por: Moacyr - UFJF