quinta-feira, 18 de julho de 2013

Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) cobram ações da reitoria para o combate à violência

Na última segunda-feira (15), um homem armado invadiu salas de aula. Estudantes afirmam que crimes cresceram bastante nos últimos 3 anos

Os Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) passaram por momentos de pânico na segunda-feira (15/07), quando por volta das 20h30 um homem armado fez um arrastão, roubando dinheiro e pertences de alunos. De acordo com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), nos últimos três anos, o campus tem se tornado local cada vez mais comum para a ação de criminosos.

A jovem Thaysa Ingrid Fernandes, grávida de sete meses, estava em aula quando uma amiga disse a ela que os estudantes da sala ao lado da sua tinham sido assaltados. Todos entraram em pânico ao descobrir que um homem armado estava dentro da universidade. “Foi a primeira vez que presenciei algo do tipo. Esse roubo pegou todo mundo desprevenido”.

O bloco onde ocorreu o assalto foi o 13, do curso de Serviço Social. Não há câmeras no caminho percorrido pelo assaltante. De acordo com a estudante de química e membro do DCE, Indira Xavier, existem poucas câmeras e elas estão apontadas para locais que contenham algum material de valor, como computadores e outros equipamentos.

“Essa situação tem sido bem corriqueira na universidade, e o DCE tem cobrado um posicionamento mais firme da reitoria para a solução dos problemas com a segurança”, explica Indira.

Dados levantados pelo DCE apontam que nos últimos três anos foram registrados diversos casos de violência dentro da universidade. Só em 2013, estudantes foram vítimas de assaltos e tentativas de estupro, além de terem carros arrombados, o que contribuiu para a sensação de insegurança. “A PM só aparece quando tem ocorrência e a segurança aqui é só patrimonial. Queremos vigilância para os alunos, que são o maior patrimônio da universidade”, concluiu a representante do DCE.

Protesto

No mês de junho, um grupo de alunos protestou por mais segurança na porta do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde. O prédio fica em uma área aberta, com pouca iluminação e muito mato. Na época, sete veículos haviam sido arrombados no local.

O pró-reitor de Gestão da Ufal, Valmir Pedrosa, explica que 110 homens fazem a segurança do campus em Maceió e em seis cidades do interior, e só o campus da capital é vigiado por 46 câmeras. Ainda segundo ele, o atual contrato com a empresa de vigilância custa R$ 7 milhões por ano, vence agora em 2013 e a universidade tem planos para melhorar a segurança do local.

“Os planos para melhorar a segurança envolvem a contratação de uma nova empresa de segurança, além da instalação de mais câmeras e sensores de movimento. Também estamos trabalhando junto à Prefeitura de Maceió para manter o campus limpo e iluminado, além de contarmos com rondas ostensivas da Polícia Militar”, afirma Pedrosa.

Fonte: G1 AL
Enviado por: Mozarte - UFRGS