segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Alunos da UFRGS protestam contra insegurança no Campus do Vale

Estudantes defendem que sejam contratados funcionários federais para realizar o monitoramento da universidade
Dezenas de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizaram nesta quinta-feira um protesto contra a falta de segurança no campus do Vale. Os alunos defendem a contratação de funcionários federais para realizar a segurança do campus, onde teriam acontecido três estupros este ano.

Com slogans como "Campus seguro é campus ocupado", os manifestantes fizeram uma passeata no horário do almoço.

— Acreditamos que, dentro de território federal, deve haver serviço público federal. Há mais de 10 anos não existe concurso para a segurança universitária na UFRGS, e é isso que trazemos como reivindicação, além da revitalização do campus, ocupando todos os espaços e não permitindo a violência aqui dentro — explica o coordenador do Diretório Central de Estudantes (DCE), Gilian Cidade.

A comunidade acadêmica tem se reunido às segundas-feiras para discutir propostas para a segurança da universidade. Eles propõem uma audiência pública para que alunos, funcionários, professores e moradores do entorno da universidade debatam a melhor maneira de realizar a segurança do local. Os alunos que participaram do protesto se manifestaram contrários à presença da Brigada Militar no campus.

— Temos experiências, em outros locais do país, onde a presença da Brigada Militar representou mais falta de diálogo e truculência dentro da universidade. Acreditamos que esse não é o caminho — afirma a coordenadora-geral da Associação dos Estudantes de Pós-graduação, Gabriela Blanco.

FONTE: Zero Hora
Enviado por: Mozarte - UFRGS

Porteiro terceirizado é morto por vigilante, também terceirizado, dentro da UFMG

Troca de tiros que ocorreu na tarde de quinta-feira (25/10/2012) assustou os estudantes da federal de Minas Gerais


Uma possível desavença entre um porteiro da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um vigilante do Centro de Pesquisa de Microscopia terminou em tiroteio e morte na tarde desta sexta-feira (26), no Campus da Pampulha. Houve intensa mobilização da Polícia Militar, que chegou a usar um helicóptero, mas até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso.
Adiel Alves Corrêa da Silva, funcionário da empresa Conservo, que presta serviço de portaria para a UFMG, abordou Maximiliano Vaz da Silva Neves, que fazia a segurança do centro de pesquisa, e atirou no ombro esquerdo do vigilante. O autor do disparo estava acompanhado de um outro homem ainda não identificado.
Mesmo ferido, Maximiliano conseguiu sacar o revólver e atingir Adiel no peito. Ele morreu no local. Em relato à polícia, o vigilante disse ter visto o comparsa do porteiro fugir pela mata da universidade.
O segurança foi levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS) e não corre risco de morte. Por volta das 22h, Maximiliano foi submetido a uma cirurgia para retirada do projétil.
Premeditação 
Segundo informações obtidas pelo Hoje em Dia junto a um funcionário da Conservo, Adiel teria trocado o horário de trabalho na UFMG, que normalmente seria das 14 horas às 22 horas, para o turno das 6 horas às 14 horas. Ele teria alegado que precisava resolver problemas particulares.

O porteiro e o comparsa chegaram ao local do crime em uma moto que estava com uma placa falsa sobre a verdadeira. A Polícia Civil acredita que Adiel tenha premeditado as ações. Familiares do porteiro estiveram no local mas não quiseram dar entrevistas.
Sem motivação
A investigação do caso vai ficar sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios. A delegada Alessandra Wilke afirmou que ainda é cedo para dizer o que teria motivado o crime. “Ainda vamos conversar com mais calma com o Maximiliano. Sabemos que o Adiel veio aqui para resolver algum problema”.
Um revolver calibre 32, com a numeração raspada, foi encontrado ao lado do corpo do porteiro.
Saidinha de banco não tem ligação com morte
Uma saidinha de banco na Praça de Serviços da UFMG, na tarde desta sexta, chegou a ser uma das versões para a morte do porteiro da Faculdade de Farmácia Adiel Alves Corrêa da Silva. No entanto, uma mulher, que teve R$ 3 mil levados no momento do crime, não reconheceu o funcionário.
A vítima havia sacado o dinheiro em uma das agências que funcionam na universidade. Segundo o pró-reitor de Administração, Márcio Baptista, a mulher assaltada não tem vínculo com a UFMG.
A morte de Adiel chegou a ser ligada à saidinha de banco por causa da rota de fuga utilizada pelos suspeitos, que seguiram rumo ao local onde houve o assassinato.
Câmeras do circuito interno de TV podem ter registrado o crime. “Passamos cópias das fitas para a polícia analisar e identificar os suspeitos”, disse o pró-reitor. Como a saidinha aconteceu em uma propriedade da União, a Polícia Federal deve assumir a investigação.