segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Três respondem por furto e receptação de materiais de informática e elétrico da UFJF


Equipamento furtado já estava em oferta numa loja de informática no Centro (Foto: UFJF/Alexandre Dornelas)

Um vigilante contratado por empresa terceirizada pela UFJF, a companheira dele e um comerciante foram presos em flagrante por envolvimento em furto e receptação de, pelo menos, quatro notebooks, um netbook, uma câmera fotográfica digital, dois refletores, 11 lâmpadas e quatro barras de cereal que estavam na instituição.

A Polícia Federal exibiu os itens à imprensa nesta segunda, 19. A prisão aconteceu, no último sábado, 18, quando a PF foi acionada pela equipe de Segurança da UFJF, que havia constatado o roubo de um notebook, uma câmera fotográfica digital compacta e barras de cereais em setor da Reitoria. A Polícia procurou o vigilante com base nas imagens gravadas que mostram ele entrando e saindo da sala entre a noite da última sexta e a madrugada de sábado.

O funcionário foi preso em casa, na manhã de sábado, em Retiro, onde foram encontrados os materiais mais os refletores. Ele confessou o crime, segundo a Polícia. O notebook levado já estava sendo preparado para venda, por meio da companheira dele, conforme os policiais. O casal indicou uma loja de informática da Rua Barbosa Lima, cujo comerciante não foi preso, porque não havia finalizado a compra. Segundo a Polícia, ele relatou que ainda iria saber se o computador tinha nota fiscal.

Em seguida, o vigilante indicou outro estabelecimento, na Rua Espírito Santo, onde um notebook da UFJF estava em oferta a R$ 949. Ao menos, outros três computadores haviam sido vendidos, mas foram recuperados com os clientes a partir do cadastro de venda da loja. Dois sacolões de outros itens, como mouse, que não pertencem à Universidade, foram apreendidos no mesmo local por não terem nota fiscal. Para o chefe da Delegacia da PF, Cláudio Dornelas, esse lojista saberia que os itens foram furtados porque não possuíam o documento fiscal. “Este é um alerta para os comerciantes locais para que exijam a nota”, afirma.

A mulher e o lojista foram levados à sede da PF, no Bairro Manoel Honório, pagaram fiança de R$ 2.725 e de R$ 545 cada um e foram liberados. Se condenados, podem ficar de um a quatro anos presos, respectivamente, por furto simples e receptação. O vigilante ainda passou a noite de sábado para domingo, no Ceresp, mas foi liberado por alvará de soltura da Justiça Federal. A pena para ele pode ir de dois a oito anos pelo furto qualificado. Todos responderão em liberdade. Nenhum dos envolvidos tem antencedentes criminais com a Polícia Federal.

Foram recuperados quatro notebooks e um netbook, exposto na Delegacia da Polícia Federal

“Há grandes possibilidades de outras pessoas estarem envolvidas, como facilitadores”, afirma o delegado Ronaldo Guilherme Campos, responsável pelo inquérito, ainda mais porque os refletores são pesados e medem cerca de meio metro, o que demandaria a ajuda de mais pessoas para deslocá-los. Foram colhidas digitais dos itens roubados e no local do furto. Elas serão confrontados com o banco de dados da PF.
“O valor do prejuízo não é só da máquina, mas do que estava dentro da máquina, como pesquisas e trabalhos que estavam em andamento”, acrescenta Dornelas.

Para a prisão ocorrer, foi fundamental a colaboração entre a Superintendência de Segurança da UFJF e a Polícia Federal, que estava gravando a movimentação do suspeito há mais de dois meses.“[A cooperação] foi essencial para o sucesso desse trabalho”, afirma Ronaldo Campos.

Para o superintendente de Segurança da UFJF, José Carlos Tostes, “o trabalho orientado pela Polícia Federal culminou no resultado altamente positivo do flagrante de sábado; a partir dele, na continuidade das investigações, possivelmente serão presos todos os outros envolvidos nos crimes.”

O nome de cada um dos participantes e da loja foi mantida em segredo, pois o processo está em andamento.

Vigilância constante

A Superintendência de Segurança está tomando medidas para evitar episódios similares na instituição, permanecendo a atitude de observância e o apoio da rede de circuito interno da instituição às investigações da polícia.

A recomendação do setor é para que funcionários dispensem maior atenção com os bens públicos sob sua responsabilidade. “Aconselhamos a todos para que, na saída das suas salas de trabalho, tranquem as janelas e se certifiquem de deixar a porta fechada. Em caso de movimentos e atitudes estranhas ou pessoas suspeitas, a Superintendência deve ser notificada”, explica Tostes.

A denúncia pode ser feita à Superintendência de Segurança da UFJF pelo telefone 2102-3716. O atendimento é feito 24 horas por dia.

Enviado por: Moacyr - UFJF