quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Projetos da UFMS prevêem campus 100% monitorado e controle de acesso

Medidas de segurança estão previstas em projeto encaminhado para Ministério da Educação. Universidade também busca parceria com Polícia Civil e Militar para posto policial no campus.

A administração da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) encaminhou para o Ministério da Educação o Plano de Reforço na Segurança, com diversas medidas a médio e longo prazo que tem o objetivo de garantir a segurança no campus.

O Plano foi elaborado pela Comissão de Segurança UFMS, instituída em abril deste ano após o estupro de uma jovem de 21 anos no matagal próximo a ponte que liga o teatro Glauce Rocha ao bloco de exatas.

O presidente da Comissão, Rogério Mayer, não revelou o valor orçado no projeto para as ações, mas ressaltou três medidas principais que o plano prevê: instalação de equipamentos para o controle de acesso, monitoramento de câmeras em todo o campus e colocação de alarmes nos laboratórios e prédios da Universidade.

Com base nas análises já feitas, Rogério acredita que o controle de acesso será a medida mais importante para garantir a segurança. “Todos os agentes em segurança afirmam que não tem como garantir a segurança no campus sem o controle de acesso. Esse seria o primeiro passo”, esclarece.

O controle de entrada e saída no campus seria feito com catracas e cancelas, instaladas em todas as entradas da Universidade. Mas, segundo a Comissão, as modificações só serão feitas após consulta com os acadêmicos e engenheiros de trânsito.

“Tudo vai ser feito após uma conversa com os estudantes. Mas também é preciso saber se isso vai interferir no trânsito da região, como formar filas de veículos”, frisa.

Já o investimento em mais câmeras tem o objetivo de monitorar por completo o campus, com um sistema integrado de vigilância e a ampliação da central de monitoramento.

Para Rogério, o circuito interno de câmeras é fundamental para coibir a pratica de crimes, como também na identificação dos autores.

A outra medida prevista, com a instalação de alarmes nos prédios, tem o caráter preventivo no plano de reforço da segurança. Segundo o presidente, nunca houve nenhum roubo a um dos prédios, mas os equipamentos muitas vezes ficam vulneráveis a ação de ladrões.

O projeto depende da aprovação do Ministério da Educação e, segundo Rogério, ainda não existe um prazo para a avaliação.

Posto policial - Além dos investimentos previstos no Plano, a Comissão de Segurança também encaminhou a Sejusp (Secretaria do Estado de Justiça Segurança Pública) um projeto de parceria para a implantação de um posto policial dentro do campus.

A iniciativa quer que a Polícia Militar tenha um posto permanente no local para fazer ronda na região. “O acadêmico quando sai da UFMS também corre risco na região. Com o trabalho da PM a região ficaria ainda mais segura. As rondas poderiam ser feitas dentro e fora do campus”, justifica.

Com a Polícia Civil, o trabalho conjunto quer contribuir para a resolução de crimes, como aconteceu no caso do estupro, que teve a prisão do autor em menos de 24h.

A reportagem não conseguiu contato com a Sejusp. Em contato com o comandante de policiamento metropolitano da PM, o Coronel Bueno afirmou que a decisão depende da Sejusp, mas esclareceu que o policiamento na região já é feito pelo 10° Batalhão da PM. “Só não podemos entrar no campus, porque é um órgão federal”, explica.

Medidas emergenciais - Após o estupro, a Comissão implantou algumas medidas emergenciais de segurança. Nesta semana deve ser concluída a instalação de oito câmeras em vários pontos da UFMS.

Os equipamentos ficarão no Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS), agências bancárias e Concha Acústica, Departamento de História e estacionamento da antiga reitoria, laboratórios do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET), entrada da Reitoria, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Famez) e os fundos do prédio das Pró-Reitorias.

Também está prevista a colocação de cerca ao redor da área de estacionamento do Morenão. De acordo com a Comissão de Segurança, a medida foi necessária após várias denúncias de que o local era utilizado para uso de drogas e prostituição.

Os postos de vigilância já foram ampliados de nove para 16 e a empresa de segurança está sendo contratada. Foi aberta licitação para a instalação de guaritas pelo campus.

Os acadêmicos ainda passaram a ter um ônibus para o trajeto da biblioteca até a área do curso de química, onde aconteceu o estupro. O veículo passa a cada 30 minutos.

No site da instituição – www.ufms.br – foi disponibilizado um link com todas as informações sobre segurança. O acadêmico tem acesso a um sistema informatizado que possibilita registrar incidentes de violência e, por meio do mapa virtual da instituição, pontuar os locais tidos como inseguros.

Com isso, a Universidade quer mapear a sensação de insegurança no campus. No entanto, desde a implantação do sistema, em maio, nenhum relatório com os dados obtidos foi elaborado.

Campo Grande News
Por: Paula Vitorino
Enviado por: Mozarte - UFRGS

SEGURANÇA EM PAUTA NA UFRJ


A criação de uma Polícia Universitária Federal e a elaboração de um seminário interno da UFRJ sobre a segurança interna dos campi da universidade foram discutidos na reunião da Vigilância da UFRJ ocorrida na tarde dessa quinta-feira (04/08), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj). 

Organizada por Kátia Rodrigues da Coordenação de Comunicação Sindical e por Juscelino Ribeiro, diretor da Divisão de Segurança (Diseg), os debates giraram em torno da insatisfação com a infra- estrutura oferecida, e culminaram com a criação da Polícia Universitária Federal, baseada na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 38/11, da deputada Andreia Zito, já em tramitação na Câmara dos Deputados e aguardando aprovação.

Reuniões como a de hoje têm o objetivo de abordar todos os detalhes da criação dessa polícia para melhor atender à universidade. Juscelino completa “para a criação dessa polícia, concursos públicos têm de ser abertos, pois para o cargo de vigilante não existem mais concursos. A nossa função não está extinta, mas como as pessoas ou falecem ou se aposentam os cargos estão acabando. Muitos de nós, em 10 anos finalizaremos o nosso serviço. Essa nova polícia tem de ter um treinamento específico.”

Kátia Rodrigues diz que a polícia universitária que será criada tem que ter equipamentos especializados “para evitar assaltos e assassinatos.” O seminário que visa colher opiniões sobre a segurança, de forma democrática, irá envolver todas as unidades dos campi, como DCEs, reitoria, empresas estatais, bancos, entre outros, para que os vigilantes entendam qual o pensamento que cada unidade tem sobre o que seria a segurança, para que melhor possam atendê-los.

Segundo Juscelino, os vigilantes presentes na reunião desta quinta-feira estarão presentes também no Seminário Nacional de Pelotas, que acontece entre os dias 28 de novembro a 3 de dezembro deste ano, para abordar os assuntos discutidos na reunião de hoje.
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FONTE: Olhar Vital
Segurança em pauta
RAFAEL AMENDOLA - AGÊNCIA UFRJ DE NOTÍCIAS - CCS
Enviado por: Juscelino - UFRJ