quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Após assalto, quatro alunos da Unijorge prestam queixa e vigilantes irão depor

A polícia espera mais depoimentos para poder colher detalhes sobre o aspecto físico dos ladrões e fazer um retrato falado.

Redação CORREIO

Os vigilantes do Centro Univeritário Jorge Amado (Unijorge) e o motorista da van que faz transporte de alunos da instituição serão convocados para prestar depoimento na manhã da terça-feira (2) sobre o assalto que aconteceu no estacionamento externo da universidade esta manhã. A van é usada para levar os estudantes do estacionamento externo para o prédio onde as aulas acontecem.

Quatro estudantes da Unijorge já prestaram queixa na 10ª Delegacia (Pau da Lima) - eles estavam acompanhados de uma assistente jurídica, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

De acordo com o delegado plantonista Antônio Cardoso Júnior, os alunos contaram que estavam na van quando foram abordados por dois ladrões, que roubaram os celulares e dinheiro dos jovens. Além deles, outras 12 pessoas estavam na van no momento do crime. Segundo a SSP, os estudantes disseram em depoimento que não houve troca de tiros neste momento.

A polícia espera mais depoimentos para poder colher detalhes sobre o aspecto físico dos ladrões e fazer um retrato falado. Não há câmeras no estacionamento externo da Unijorge, segundo a SSP.

Gol roubado
O carro roubado pelos bandidos para fugir da Unijorge, um Gol preto, foi abandonado 15 minutos depois, em frente à própria universidade. O dono do carro, um estudante do local, já havia dado queixa na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV).

De acordo com este estudante, houve troca de tiros entre os bandidos e um homem que estava na Ladeira Conjunto Paralela. Um dos tiros atingiu a parte dos fundos do veículo. Os bandidos atravessaram até o canteiro da Paralela, onde conseguiram roubar outro carro e fugiram.

O dono do carro foi orientado a levar a veículo para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para passar perícia.

Fonte: CORREIO 24H

Vigilantes são sequestrados

Os vigilantes realizavam rondas e foram rendidos por bandidos. A dupla é torturada e carro da empresa é destruído.
Local onde vigilantes são rendidos (Fotos: Cássia Santana / Portal Infonet)

Dois vigilantes da empresa Nordeste Segurança, que presta serviço à Petrobras, foram sequestrados e torturados quando realizavam rondas visando proteger poços de extração de petróleo instalados na localidade conhecida como Fazenda Aguilhada, no município de Carmópolis, distante 45 km da capital, Aracaju. Os dois vigilantes permanecem em estado de choque, deverão folgar por alguns dias e receber atendimento psicológico, segundo informou um funcionário da Nordeste Segurança, que prefere o anonimato.

O sequestro e as torturas ocorreram na noite de sexta-feira, mas só neste domingo chegou ao conhecimento doPortal Infonet, que foi à cidade, também ao local onde os vigilantes foram mantidos reféns e apurou que operários de variadas empresas que atuam na região vivem sob o domínio do medo devido aos frequentes assaltos registrados nas áreas onde estão instalados os poços da Petrobras.

"Aqui existem várias quadrilhas organizadas que atuam com violência para roubar cobre e outros produtos da Petrobras. Todo mundo trabalha com medo", diz um funcionário de uma das empresas que presta serviços à Petrobras. Atormentado por conviver com pessoas que já sofreram assaltos, o operário prefere o anonimato.

Nesta última ação de uma das quadrilhas, os dois vigilantes passaram por mais de quatro horas de terror nas mãos dos bandidos. Os dois vigilantes foram rendidos quando se aproximaram do portão de entrada na Fazenda, um ponto que funciona como parada obrigatória para todos que chegam à localidade. O portão permanece fechado. Na noite da sexta-feira, 29, um deles desceu do carro para abri-lo e quando já retornava ao veículo foi surpreendido, juntamente com o colega pelos marginais.

Um dos bandidos se apoderou da direção do veículo da empresa e todos seguiram com os dois vigilantes como reféns. Em um matagal, os dois vigilantes passaram por uma sessão de tortura física e psicológica.

De acordo com depoimento de um amigo das vítimas, os dois vigilantes, depois de torturados, foram amarrados dentro do veículo da empresa e, nesta condição, permaneceram presos por algumas horas. Para amarrá-los, os bandidos utilizaram os cadarços dos coturnos, que os operários usam rotineiramente para trabalhar. Os marginais destruíram o veículo, quebraram vidros e ainda levaram o rádio de comunicação da empresa, aparelhos celulares de ambos, R$ 50,00 de um dos vigilantes e a bateria do veículo. Sem condições de uso, o veículo foi guinchado para a garagem da empresa, em Aracaju.Sem sorteDeixados no matagal, os vigilantes conseguiram se livrar dos cadarços dos coturnos e correram para a pista em busca de socorro. Quando pediam ajuda, por azar, foram novamente surpreendidos pelos mesmos bandidos. Um deles conseguiu correr, mas o outro vigilante acabou sofrendo ao passar por uma nova sessão de tortura.

Em Carmópolis, o Portal Infonet localizou o operador de máquinas pesadas Aurino dos Santos, que já encontrou os dois na pista, juntos, pedindo socorro. “Até pensei que era Polícia. Eles estavam dando sinal de luz com uma lanterna e então parei pensando que era a Polícia”, disse. “Eles estavam muito nervosos, tremiam e pediam pelo amor Deus para que eu os tirasse dali, um deles veio sentando no colo de um colega porque não tinha vaga no caminhão”, lembra.

Aurino estava no caminhão acompanhado de mais dois outros colegas de trabalho e saía de uma base da Petrobras com destino à garagem da empresa para a qual trabalha, instalada no centro de Carmópolis. “Foi aí que vi os dois saindo do mato, com a lanterna dando sinal de luz”, informou.O Portal Infonet procurou a Nordeste Segurança, conversou com alguns funcionários que não quiseram ser identificados e localizou, por telefone, o supervisor de segurança da empresa, que se identificou como Abelardo Neto. Ele revelou que os dois vigilantes receberam assistência médica no hospital local e que foram levados para as respectivas residências depois que obtiveram alta médica. “Hoje, eles já estão em casa e passam bem”, resumiu.Ele não soube precisar se houve roubo de objetivos na Fazenda onde estão instalados os poços de extração de petróleo, assim como não soube precisar detalhes sobre a ocorrência. O supervisor informou apenas que tomou conhecimento que dois vigilantes teriam sido rendidos no veículo da empresa quando faziam as rodas de rotina.Neste domingo, 31, a Delegacia de Polícia estava fechada, sem policiais. Há informações de funcionários da Nordeste Segurança que houve registro do sequestro em Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia local. "Não é nenhuma novidade a Delegacia estar fechada em fins de semana", denuncia um funcionário de uma das empresas que presta serviços à Petrobras naquela região.

O Portal Infonet também tentou ouvir a Petrobras, mas não localizou ninguém disponível para falar sobre o assunto.

Por Cássia Santana - Portal Infonet