quarta-feira, 15 de junho de 2011

UFC e SSPDS reforçam ações de segurança nos campi de Fortaleza e do Interior

Reforço do policiamento durante a noite, nos campi da UFC em Juazeiro do Norte, Sobral e Quixadá, foi um dos assuntos tratados na audiência realizada na manhã de ontem (14) entre o Reitor Jesualdo Farias e o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Coronel Francisco José Bezerra Rodrigues.

Outra ação conjunta a ser tomada será a realização de palestras, por parte dos instrutores da Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará, destinadas aos responsáveis pelo setor de segurança da Universidade.

O Prof. Jesualdo informou ao Secretário que houve significativa melhora na segurança nos campi de Fortaleza (Benfica, Pici e Porangabuçu) depois que policiais do Ronda do Quarteirão passaram a circular de maneira mais efetiva naqueles locais. A presença do Ronda é fruto de entendimento entre Reitoria e Secretaria de Segurança, efetivado em uma primeira reunião entre o Reitor e o Secretário, em março deste ano.

Foi feito um relato ao Secretário sobre as providências que a UFC está tomando para proteger-se, como o projeto de instalação de câmeras (circuito fechado de TV) e as recomendações divulgadas para toda a comunidade acadêmica, no sentido de manter-se atenta e, assim, evitar situações de vulnerabilidade.

O Coronel Bezerra solicitou ao Prof. Jesualdo Farias que relacionasse os temas das palestras que interessam à Universidade, a fim de que a Academia de Segurança Pública determine os instrutores para ministrá-las. Acompanharam o Reitor na audiência o Pró-Reitor de Administração, Prof. Luis Carlos Uchôa Saunders e o Diretor da Divisão de Segurança, Gumercindo Pinho.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC - (fone: 85 3366 7331 / 3366 7332) 

Forças de segurança pública devem estar preparadas para dialogar os movimento sociais

O fortalecimento dos movimentos sociais no país, especialmente o sindical, com as recentes manifestações dos bombeiros do Rio de Janeiro e de médicos por melhorias salariais, exige que as forças de segurança estejam preparadas para tratar com tais situações. Não só para reprimir, mas também para ajudar na organização dos movimentos, disse hoje (13) à Agência Brasil o historiador Oswaldo Munteal, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

É necessário, analisou Munteal, não ver a movimentação social como uma coisa que altera a ordem pública. Quando o aparelho de Estado criminaliza a sociedade, a democracia vai para o buraco. Segundo o professor da Uerj, as experiências de maior aproximação da polícia com o cidadão são muito importantes, na medida em que oferecem à população a perspectiva de apuração dos crimes e o acompanhamento do caso.

Ele citou o exemplo da Delegacia de Dedicação Integral ao Cidadão (Dedic), criada em março de 2010 pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, para oferecer maior conforto e agilidade na solução dos crimes. Conhecida como Delegacia Virtual as pessoas podem registrar ocorrências por meio da internet e chamar os agentes, a Dedic contabilizou no primeiro trimestre de funcionamento um grau de satisfação de 94%. Foram entrevistadas 234 pessoas de um total de 322 registros de ocorrência feitos pelo programa Dedic. A informação é da especialista em políticas públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ana Beatriz Leal.

A gestão da segurança pública sob o olhar de várias autoridades do setor no país é o tema central do livro Perspectivas da Administração em Segurança Pública no Brasil, que será lançado no Rio de Janeiro, no próximo dia 16. A obra é organizada pelo professor Munteal, com a colaboração de Ana Beatriz Leal e da doutoranda em História Política pela Uerj Vivian Zampa.O livro destaca a necessidade de a sociedade ter uma atuação proativa, no sentido de elaborar mecanismos de proteção de sua própria existência. A polícia reprime a ponta do processo, mas não o uso privado. Segurança é também autopreservação e uma tomada de consciência social de cada um, disse Munteal.

Ana Beatriz Leal destacou que o livro é inédito, na medida em que reúne pela primeira vez relatos das experiências de gestores públicos que estão tocando a máquina, em vez de fazer uma análise acadêmica sobre questões da segurança pública.Segundo o comandante das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio, coronel PM Robson Rodrigues, o livro mostra uma nova mentalidade está se impondo nas polícias e forças de segurança no Brasil. O comandante-geral da Policia Militar de São Paulo, coronel Alvaro Camilo, concorda com Rodrigues.

A obra conta ainda com a contribuição do ex-secretário de Segurança Pública de Bogotá Hugo Acero, que enfrentou as Forças Armadas da Colômbia (FARC) durante sua gestão na pasta.

Fonte: site Olha Só Aqui
Enviado por: Marcelo Vargas

Resultado da PM na Universidade: Estudante é torturado e espancado no campus da Universidade Federal de São Carlos

Para quem tinha dúvidas sobre a função da invasão da PM na universidade, uma demonstração. Estudante que participa de ocupação do Restaurante Universitário é espancado e torturado no campus da UFscar.
Os estudantes da Universidade Federal de São Carlos denunciam que um jovem estudante foi parado por policiais dentro do campus universitário e foi espancado e torturado. A acusação era de “estar sob efeito de narcóticos” e “desacato a autoridade”. Exames médicos comprovaram que a acusação era falsa.

Mais uma vez é mostrado como age a polícia militar. Não é para “combater o crime”, mas para a repressão. Uma polícia que não é sequer aceita em organismos internacionais por ser militar e é sistematicamente denunciada por abuso de poder e uso extremo de força, além dos casos de execução sumária, que fazem parte do cotidiano dessa polícia.

O site cita o caso do Complexo do Alemão ocorrido em 2007:


O caso do complexo do Alemão é um exemplo de como atua este verdadeiro grupo de extermínio da população pobre: “Segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) há sinais claros de que as pessoas foram rendidas e logo depois mortas. Os laudos, além de apresentarem como as vítimas foram atingidas, com tiros pelas costas, na nuca, tiro à queima-roupa, ou seja, evidências claras de execução sumária, também constataram que pelo menos dez dos dezenove mortos apresentaram hematomas, ferimentos com sangue, escoriações em várias partes do corpo o que indica que as vítimas sofrerão agressão de tortura por parte dos policiais antes de serem mortas, ou seja, a polícia executou pessoas que não tinham como se defender.” (artigo de Causa Operária notícias online, 7/7/2007, Antes da execução sumária, a tortura: assim atua a FSN de Lula).

A imprensa burguesa não divulgou nada a respeito do caso, mostrando assim que é mero veículo para a campanha do governo e das burocracias universitárias de aumentar a repressão nas universidades públicas.

O estudante que estava na comissão de segurança da ocupação feita pelos estudantes no Restaurante Universitário foi agredido na madrugada no dia 8 de junho.

Entenda o caso


Desde o dia 7 de junho de 2011, os funcionários da Ufscar estão em greve, reivindicando reajuste salarial, junto com outras 17 universidades.

A reivindicação é unificada para acabar com o congelamento salarial que dura dez anos e contra o corte da verba para as universidades.

A universidade enfrenta uma série de problemas como a falta de professores e a estrutura física da universidade, que é insuficiente para suportar o aumento de alunos. As precárias instalações ficam sem banheiros e ainda regularmente falta água no campus, especialmente nos alojamentos.

Com a greve dos funcionários, o Restaurante Universitário está fechado.  É feita a distribuição dos alimentos, no entanto com a falta de água nos alojamentos, os estudantes decidiram ocupar o Restaurante Universitário para cozinhar.

Foram criados grupos responsáveis pela cozinha, limpeza e fiscalização para evitar quaisquer tipos de drogas, inclusive álcool, para evitar dar qualquer pretexto para a monstruosa ação da polícia.

Na ocupação são realizadas atividades artísticas, como música, malabarismo, poemas entre outras.

Naquela madrugada, o estudante estava responsável pela vigília do R.U.

Ele encontrou com os policiais que disseram estar fazendo ronda no banco e perseguindo um carro suspeito.

Decidiram realizar a detenção do estudante, afirmando arbitrariamente que estava drogado e “em atitude de desacato”.

O estudante foi agredido quando estava participando de um movimento político na universidade. Este é o motivo de a burocracia e o governo insistirem em colocar a PM no campus universitário.

O Decreto-lei n° 667, de 3 de julho de 1969 assinado por Costa e Silva que reorganiza a política militar no País prevê “Art. 3° Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança interna nos Estados, nos territórios e no Distrito federal atuar  de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem.”

O decreto da ditadura militar brasileira continua em vigor. Sua ação criminosa de massacre da população pobre e da repressão às manifestações dos grupos de oposição ao regime.

Neste momento em que a discussão está entre os membros da comunidade universitária da USP, este caso ocorre mostrando a função que cumpre a presença constante da PM nas universidades.

Matéria do site PCO - Notícias Online

NOVAMENTE NA USP: Estudantes da USP são vítimas de sequestro-relâmpago em SP

Polícia diz que eles foram abordados no carro por dois criminosos. A dupla, que tinha uma arma de brinquedo, foi presa.

Três estudantes da Universidade de São Paulo (USP) foram vítima de sequestro-relâmpago quando iam para a universidade, na noite desta terça-feira (14), em São Paulo. De acordo com o capitão Dimas Mecca Sampaio, da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), os universitários foram rendidos por dois homens que estavam com dois revólveres e uma pistola de brinquedo. A polícia conseguiu prender a dupla.
Não houve feridos.

O caso ocorreu pouco depois das 19h na Rua Alvarenga, que fica perto do campus, na Zona Oeste. “Eles pararam o carro na nossa frente, fecharam nossa passagem e desceram armados. Disseram que era um assalto e não era para reagir”, disse um dos estudantes, que não quis ter o nome divulgado. Apesar de estar do lado da USP, ele contou que voltava com os amigos do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, em um Gol.

Segundo o capitão da Rota, os criminosos abandonaram o Monza e entraram no carro dos universitários. Uma equipe da Rota passava pelo local e achou a movimentação suspeita. “Os policiais fizeram a abordagem e os dois se renderam”, disse Sampaio.

Matéria do G1.

Universidade e polícia - diálogo impossível?

Para que a polícia possa fazer parte dessa estratégia, precisa se reconhecer e atuar como promotora e não violadora de direitos.

O assassinato de um estudante da Universidade de São Paulo (USP), além de uma enorme tragédia, reacendeu o debate sobre segurança no campus. Infelizmente, a discussão ficou reduzida à presença ou não da polícia.

Fui aluna da USP por 10 anos. Ao longo desse período, pude acompanhar as transformações relativas à segurança na universidade e em que medida elas reverberavam o aumento da criminalidade em São Paulo.

Pouco a pouco, as histórias deixaram de ser exceções para integrar o cotidiano da vida universitária. No entanto, mesmo diante de casos graves como assaltos a mão armada, estupros e sequestros relâmpago, o assunto jamais teve visibilidade ou respostas institucionais apropriadas.

O suposto constrangimento que cerca o tema - alimentado por uma ideia de segurança entendida como repressão e não como direito - está ligado ao fato de que a polícia não era até então autorizada a entrar no campus.

Democracia e liberdade são os dois pilares do discurso que justificativa tal prerrogativa. Mas o que há de democrático na morte de um aluno ? E não seria o medo o oposto da liberdade?

Fingir que a universidade é uma ilha de segurança já se provou, na melhor das hipóteses, uma atitude ingênua. Na pior delas, irresponsável.

Os alunos estão divididos: um plebiscito realizado recentementre na escola de engenharia mostrou que a maioria dos seus alunos é a favor da entrada da polícia. Ao mesmo tempo, diversos grupos têm se manifestado formalmente contra.

A resistência à presença da PM não é infundada. A intervenção desastrosa durante a greve de funcionários em 2009, a pedido da então reitora, mostrou que falta preparo à Polícia Militar para intervir no ambiente universitário. Da mesma forma, a ação recente que reprimiu a manifestação na Avenida Paulista deixou claro como a truculência desmedida ainda faz parte do repertório policial.

Acredito que, assim como qualquer espaço público, a USP precise de uma estratégia de prevenção ao crime e à violência. E como em qualquer estratégia bem-sucedida, essa deve incluir a atividade policial, mas não limitar-se a ela. Nesse sentido, sempre estive disposta a defender a presença da polícia na universidade, desde que ela viesse acompanhada de outras medidas de segurança, sobretudo de prevenção.

No entanto, um episódio recente mostrou como não é facil fazer tal defesa. Na madrugada do dia 9 de junho, policiais militares que fiscalizavam os caixas eletrônicos, no campus da Universidade Federal de São Carlos, abordaram um grupo de alunos que ocupava o restaurante universitário. Como resultado, dois estudantes foram levados para delegacia onde, segundo relatos e o exame de corpo delito, sofreram uma série de agressões físicas e morais, inlcuindo espancamento.

Uma universidade que preze qualidade, autonomia e excelência tem de ter a segurança e, portanto, a liberdade de seus alunos, professores e funcionários como prioridade. Para que a polícia possa fazer parte dessa estratégia, ela precisa se reconhecer e atuar como promotora e não violadora de direitos. Mais do que isso, deve entender, definitivamente, que vivemos em um Estado democrático de direito, onde abusos como esse não têm lugar.
Matéria do site ÚLTIMO SEGUNDO

PM prende vigilante por facilitar roubo a empresa no ABC


Um vigilante foi preso suspeito de ter auxiliado ladrões em um roubo à empresa em que trabalhava, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, na tarde de domingo. Segundo a polícia, um dos criminosos dos cerca de dez homens armados que participaram da ação foi detido e outro, morto. As informações são do Bom Dia SP.
Os homens teriam passado sem dificuldade pela portaria da empresa e levado duas carretas e dois caminhões com filtros automotivos. Havia apenas dois vigilantes de plantão. Um deles chamou a polícia, mas o outro estranhou a chegada dos policiais. "Ele deu uma titubeada para abrir os portões, depois informou que estava envolvido (no crime) e que receberia uma porcentagem pelo roubo", disse o sargento da Polícia Militar Roberto Camargo. Os ladrões fugiram pulando o muro dos fundos da empresa, mas houve perseguição e troca de tiros. A empresa não divulgou o valor dos equipamentos roubados.
Do site do TERRA Notícias.