segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um triste episódio na UFMS

Caros companheiros, é com profunda dor que informo aos companheiros que hoje dia 11 de abril de 2011, ocorreu um estupro de uma jovem estudante do curso de química aqui da UFMS em Campo Grande/MS. O fato aconteceu por volta das oito horas da manhã, onde a vítima foi atacada em uma passarela que dá acesso a outra parte do campus que fica do outro lado de um lago existente. Após a segurança do campus ser comunicada, foram feitas buscas nas imediações sem sucesso de encontrar o malfeitor. Na parte da tarde às 14 horas a reitoria convocou uma reunião com o Pró-Reitor de Administração, o Gerente de Serviços Gerais e eu o chefe da Divisão de Proteção Patrimonial, para que fossem tratado o caso e quais providencias que poderiam ser tomadas de imediato para dar maior segurança aos alunos naquele local. Vale salientar que o local, conta com vigilância terceirizada no horário das 11 às 23 horas, sendo que a partir de amanhã fica alterado para o horário das 6 às 00 horas. Às 15 horas cerca de Duzentos estudantes com faixas, e apitos organizaram um movimento em frente a reitoria, sendo a pedido da Reitoria que fosse organizada uma comissão de 20 acadêmicos para participarem da reunião e apresentarem seus argumentos. Enquanto a reunião ocorria, com os vinte representantes dos alunos, o restante dos estudantes saiu do campus e interditou uma avenida que passa em frente a universidade como forma de protesto.
Durante a reunião foram feita várias reclamações como, por exemplo, a falta de seguranças, iluminação, transporte interno de acadêmicos entre outras coisas. Vale ressaltar que os acadêmicos não reclamaram da atuação dos servidores do cargo em si, mas da pouca quantidade de servidores concursados que atuam na área. Como chefe da Divisão argumentei aos acadêmicos que por força da lei 9.632 de maio de 1998, o cargo de vigilante sempre foi considerado em extinção e que não havia mais concurso, más, no entanto, através dos nossos seminários e o estudo da lei vimos que o cargo não está extinto e que nós enquanto trabalhadores da área de segurança estávamos buscando reconhecimento junto ao MEC, Planejamento e até junto a ANDIFES para reverter essa posição. Foi firmado acordo com o reitor em exercício para a formação de uma comissão para tratar do assunto sobre a segurança no campus, onde participarão acadêmicos, pessoal da administração e da segurança pública (Polícia Militar e Civil). No final da reunião foi lavrada uma ata e assinada pelos participantes presentes. A administração da universidade está prestando toda assistência necessária a acadêmica.
Infelizmente somente depois que coisas deste tipo acontecem é que as autoridades resolvem agir, não é de hoje que nós (vigilantes) temos alertado sobre a situação da segurança nos campi e que cada vez fica mais insustentável.

Milton de Alcântara
Chefe da Divisão de
Proteção Patrimonial/UFMS