sexta-feira, 8 de abril de 2011

APROVADA DELEGACIA DE CRIMES CONTRA INTOLERANCIA NO RJ

MANDADO DE INJUNÇÃO SOBRE RISCO DE VIDA DOS VIGILANTES DA UFU

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UNIVERSITÁRIO MORRE APÓS SER ATROPELADO EM FRENTE CAMPUS DA UFU

Amigos e parentes participaram do velório na manhã desta sexta-feira na UFU.

Será enterrado, nesta sexta-feira (8), em Patos de Minas (MG), o universitário Jeferson Willian Camilo da Silva, 20 anos, que morreu atropelado na tarde desta quinta-feira (7) na avenida João Naves de Ávila, em frente ao campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Hoje pela manhã, o corpo dele foi velado no anfiteatro da biblioteca UFU, campus Umuarama, onde amigos e familiares estiveram presentes.

O jovem cursava Engenharia Biomédica na universidade e morava em um edifício localizado na própria avenida João Naves de Ávila, do lado do bairro Santa Maria. Segundo testemunhas do acidente, ele estava atravessando a avenida para entrar no campus da UFU quando um veículo o atingiu de frente. Ele foi socorrido, primeiramente, por populares, e também pelo condutor do carro.

Os bombeiros foram acionados e levaram o jovem inconsciente para o Pronto Socorro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), onde ficou internado. Com traumatismo craniano grave, ele morreu na madrugada.

Jeferson Willian Camilo, segundo informou amigos e família à reportagem, morava há cerca de três anos em Uberlândia. Segundo eles, a vítima conhecia os riscos da via, já que a travessia da avenida era feita diariamente.

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, já são mais de 70 vítimas de atropelamento na cidade em 2011. No ano passado, em 2010, foram registradas 380 pessoas vítimas de acidentes com automóveis.

Fatalidade

De acordo com o boletim de ocorrência do acidente, o motorista do veículo, um jovem de 24 anos, tentou ultrapassar de outro carro à frente. Para isso, ele jogou o carro para a esquerda, na faixa de ônibus. Jeferson Willian estava atravessando a avenida, fora da travessia elevada, e foi atropelado.

De acordo com um primo da vítima, que não quis ser identificado, os familiares creem na fatalidade. “Foi um acidente, embora possa ter havido imprudência de ambos os lados. Mas quem somos nós para julgar?”, disse.

Fonte: Jornal Correio de Uberlândia

Pelo menos agora, frente a tragédia, está na hora dos conselhos e da reitoria da UFU, se manifestarem com relação a vilolência do transitonos arredores, de seus campus especialmente.
 
No prórpio Campus Santa Mônica e arredores, carros  ou qualquer outros veículos, não respeitam as faixas de pedestres nas entradas e saídas da universidade, inclusive os veúculos que entram e saem de seus acessos. Insistir para que os veúculos parem, é risco de vida na certa. Por vezes já fiz a experiência.
 
Não se vê sequer, manifestaçãoes por parte das áreas especializadas dos cursos, especialmente Geografia, engenharia civil e arquitetura e urbanismo.
 
Pintar faixas não resolve por si só o assunto.
 
Onde andam a Prefeitura e a SETRAN?
 
Vamos ampliar, diversificar e praticar a humanização de homens e mulheres, já.
 
Falcão Vasconcellos - Geógrafo Urbanista e Professor

O ALERTA DE REALENGO

Nota Oficial do Reitor da UFC, Jesualdo Pereira Farias


A brutal incursão de um matador pelos corredores da Escola Tasso da Silveira é uma tragédia que se abate não apenas sobre o bairro carioca do Realengo, mas enluta o Brasil inteiro. As crianças e adolescentes massacrados são cidadãos de um país continental que se está deixando envolver pelo império do terror.

A lição que os sobreviventes aprenderam, naquela aula macabra, é a de que não mais existem territórios seguros em nosso país. Todo espaço – de trabalho, estudo, moradia, lazer – tornou-se vulnerável. Igualmente vulneráveis tornaram-se os campi das universidades em todo o País.

A sombra do medo, que se espraia com celeridade, impõe à Universidade uma reflexão. Há que se assumir, desde já, que segurança é responsabilidade de todos. Individual e coletivamente, estudantes, professores e servidores técnico-administrativos devem juntar-se à Administração Superior e aos gestores acadêmicos para discutir a violência e, de imediato, assumir atitudes capazes de refreá-la.

Somos, na UFC, uma comunidade de 40 mil pessoas. Temos vastos campi e milhares de pequenos e grandes espaços onde desenvolvemos nossas variadas atividades. Abrigamos, ademais, uma cultura do livre-pensar, do livre-agir e também do livre-transitar. De certa forma, cultivamos – e até cultuamos – características que, no contexto atual, nos tornam cada vez mais expostos à violência.

A Universidade não pode mudar, abdicando de um modus operandi que é sua marca institucional mais forte. Mas nós, que a fazemos, podemos assumir uma nova postura. Podemos nos tornar mais vigilantes, mais precavidos, mais participativos.

Podemos e devemos nos envolver mais, quando se pautar o tema da segurança. Abrigamos grandes especialistas nessa área e precisamos ouvi-los. Não é de hoje que eles expedem alertas. Por sua vez, as entidades representativas de todos os nossos segmentos precisam colocar-se na linha de frente dessa discussão, porque não mais estamos falando de interesses materiais, mas de um bem maior, que é a vida.

Ao externar nosso sentimento de solidariedade às famílias enlutadas no Realengo, mais e mais nos convencemos de que, no Brasil, é hora de nos darmos as mãos.

Enviado por: José Carlos Rocha (UFC)