domingo, 19 de setembro de 2010

Morte de vigilante da UFRJ revela fragilidade da estrutura

Assassinato choca profissionais e provoca revolta com falta de atenção da universidade

jornal do Sintufrj - 18/09/2010

Na tarde do dia 11 de setembro, em frente do Hospital Clementino Fraga Filho, uma ação de marginais deu fim à vida do vigilante Nelson Lopes Filho, 53 anos, 30 dedicados à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele organizava o trânsito irregular e acabou rendido por integrantes de um Corolla, sendo covardemente assassinado a tiros de fuzil. Das 17h às 22h30 seu corpo permaneceu estendido no chão sem que nenhuma autoridade da UFRJ aparecesse. O episódio e a cena do crime chocaram e trouxeram revolta a seus colegas, os vigilantes patrimoniais da UFRJ, que denunciaram falta de apoio da universidade e reivindicam providências e rediscussão sobre as condições de trabalho. “Nossa reivindicação é que seja rediscutida nossa atuação, para que a redimensione de acordo com as nossas condições de trabalho.

Queremos que haja um clamor por parte da universidade para que se investigue o caso, pois vários crimes ocorreram ao longo desses 20 anos aqui na UFRJ, infelizmente, e em todos esses crimes houve uma mobilização política por parte da Reitoria”, declara o supervisor da Divisão de Segurança (Diseg), Jorge Vinicius, que completará 21 anos na Divisão. Vinicius deu voz ao sentimento geral dos profissionais: “Nelsinho era um servidor público federal que estava no abono de permanência, já estava aposentado e retornou à atividade de rua por orgulho, pelo prazer e pela honra de terminar a sua vida profissional da  maneira como iniciou. Sentimos falta de um apoio e atenção maior da universidade. Sentimos falta do respeito e da solidariedade que é devida a qualquer integrante dela. Se fosse um estudante ou professor o tratamento seria diferente".

O prefeito da Cidade Universitária, Hélio de Mattos, nega a falta de solidariedade por parte da universidade. Ele deu uma longa declaração sobre todas as providências (contato com o plantão da Diseg, com o comandante do 17º BPM, que se comprometeu a gerenciar todo o atendimento, com o quartel do corpo de bombeiros da Cidade Universitária) que tomou por telefone, haja vista que estava fora do estado. “Até a vinda da Delegacia de Homicídios e da viatura do corpo de bombeiros mantive contato telefônico com o diretor da Diseg, Jorge Trupiano, e o supervisor de plantão Nilson. Mantive o reitor Aloísio Teixeira informado das ações e às 20h fiz contato com o senhor Milton, um parente, colocando a estrutura da UFRJ à disposição dos familiares caso houvesse necessidade. No dia seguinte, ao chegar ao Rio, informado do sepultamento, fui ao cemitério para em nome da Reitoria prestar as condolências aos familiares”.Hélio informou que recebeu cópia do boletim de ocorrência da Diseg e aguarda a cópia da Delegacia de Homicídios para se pronunciar com mais detalhes sobre o caso. Nas próximas semanas o prefeito marcará uma reunião com a Secretaria de Segurança Pública em que apresentará sua preocupação em relação às investigações. O prefeito marcou inclusive reunião com a nova diretoria para analisar a questão e pretende reunir-se com os vigilantes. “Toda a prefeitura da UFRJ ficou chocada. Somos solidários com a família e com a categoria.  É o segundo caso que aconteceu nos últimos vinte anos”, afirmou. O assassinato brutal de um servidor dentro do campus da maior universidade federal do país no exercício de sua função é mais do que um alerta sobre a situação e as condições de trabalho na área de segurança das universidades federais que recai sobre toda sua comunidade.

Para Juscelino Ribeiro, integrante do GT Nacional de Segurança da Fasubra, do GT do SINTUFRJ e coordenador regional do seminário nacional de vigilantes federais, a questão da segurança para a UFRJ envolve informação para os alunos, mais investimentos e, o principal, uma discussão ampla sobre política de segurança. “A questão macro é a vulnerabilidade da segurança hoje na UFRJ. Não temos colete, e se Nelsinho tivesse, poderia ter tido uma chance.  Mas tem outras coisas, como fechamento de portões, acesso à Ilha, fácil entrada e saída, etc.”.  A Fasubra e seus sindicatos, por sua vez, lutam pela implementação de uma política de segurança que resguarde os servidores e a comunidade, com abertura de concursos para reposição do quadro de pessoal, incluídos aí a vigilância. Mas para piorar a situação, o decreto do governo que autoriza concursos para reposição automática em casos de falecimentos e aposentadorias deixou de fora os vigilantes.

A coordenadora-geral do SINTUFRJ, Noemi Andrade, que também é vigilante, declara que é preciso fazer uma discussão política: “Havia um grupo de trabalho que integrava vigilantes e a vice-reitora Sylvia Vargas que estava desenvolvendo um trabalho conjunto. Ele deixou de existir e a discussão sobre a política de segurança não está sendo feita.

A comunidade está crescendo, irá crescer mais e não temos uma discussão organizada no campus”. A dirigente reforça a problemática sobre o concurso e anuncia as primeiras iniciativas. “Vamos convocar uma reunião com o GT Nacional da Fasubra. E no dia 22 de setembro, às 14h, na sede da Vigilância, vamos fazer a discussão com os profissionais.Quanto ao decreto, o problema é mais complexo, pois está ligado também à discussão da terceirização”.

Professor Arquides Diógenes Cilone, ex-reitor da UFU e candidato a Deputado Estadual em Minas Gerais visita a UFMG

Caros Vigilantes,

Eu, Marina,Coordenadora Geral do SINDIFES-UFMG, Agostinho (Políticas Sociais) e tb vigilante, os vigilantes Balbino e Mendes participamos junto com o DCE/UFMG e trabalhadores da UFMG de uma reunião definindo nosso apoio à candidatura de Arquimedes Ciloni p/ Deputado Estadual por Minas e Gilmar Machado, Deputado Federal.Gilmar será nosso atalho curtíssimo à ANDIFES sendo eleito, conforme acordou conosco o Prof. Arquimedes. A sala da reunião era mínima e cabia pouquíssimas pessoas, mas nossa delegação representando ali os vigilantes cumpriu seu propósito: Tivemos ótima oportunidade de fala explanando a situação da segurança em nossas universidades e nossos pontos cruciais de luta e conquistas, batemos insistentemente na tecla do concurso público e p/ tal a necessidade urgente de uma reunião com o homem da ANDIFES...
O candidato e as pessoas presentes ficaram boquiabertas com o exposto, principalmente porque utilizamos com ética e respeito o incidente recente do óbito do companheiro Nelson em trabalho. O candidato Arquimedes falou de seu compromisso e defesa pelo combate à terceirização e abertura de concurso público p/ outras áreas, elogiou o Wesley como quem fala de um filho, recebeu de nossas mãos uma pasta de documentos pertinentes à nossa luta e uma carta redigida pelos vigilantes  do nosso GT-Segurança que segue em anexo e afirmou que teremos nossa reunião com a ANDIFES. Saímos fotografados, felizes e com as mãos abarrotadas de material de campanha que utilizaremos com responsabilidade,conforme declaramos na reunião. Deixei meus contatos com a liderança do DCE p/ somarmos esforços nessa campanha, queremos fazer Gilmar federal e Arquimedes estadual... depois disso seguiremos atrás deles em busca de nossas demandas... e somos experts e PHD's em fazer isso: pegar no pé das lideranças (rsrsrs)!


Milhões de abraços dessa companheira das Gerais que respeita muito todos vocês!

Marina Evangelista
PS* Não sei se a carta escaneada ficou boa, porisso envio o texto do que o candidato escreveu na cópia que ficará na pasta do GT -Segurança.

"RECEBI EM 16/09/10.REAFIRMO MEU COMPROMISSO PESSOAL, O QUAL ESTENDO TAMBÉM EM NOME DO DEPUTADO FEDERAL GILMAR MACHADO COM AS CAUSAS DOS VIGILANTES AQUI MENCIONADAS.GRATO.(RUBRICA) ARQUIMEDES CILONI."

Seguem as fotos tirardas durante a passagem do companheiro Professor Arquimedes aqui em Belo Horizonte.



A reuniao ocorrida do DCP da UFMG e o debate entre os candidatos proporcionais aonde o Professor Arquimedes representou o Partido dos Trabalhadores na PUC MINAS.

Abaixo envio a lista dos participantes da reuniao do Departamento de Ciencias Politicas da UFMG:

Professor Arquimedes;
Professor Bebeto – DCP - UFMG;
André Xavier – Prefeitura de Contagem;
Marina Evangelista – Coordenadora Sindifes;
Tuira Moaraes - Coletivo Formação de Economia Solidaria – Sul de Minas;
Cledisson Junior – União Nacional dos Estudantes;
José Carlos Balbino – Equipe de Segurança da UFMG;
Sebastião Mendes – Equipe de Segurança da UFMG;
Antonio Agostinho – Equipe de Segurança da UFMG;
Flavia Assis – Pesquisadora NESTH - UFMG;
Luis Gustavo - Pesquisador NESTH – UFMG;
Professora Cleusa Fonseca – DCP – UFMG;
Alexandre Farah – Pesquisador do NESTH;
Gilberto Neves – OAB Triangulo;
Professora Vera Alice Cardoso – DCP – UFMG;
Stefanio Teles – Sindicato dos Metalurgicos BH-Contagem.