quarta-feira, 24 de março de 2010

Polícia prende dois vigilantes pelo assassinato de rapazes dentro do campus de universidade em Nova Iguaçu

Vigilantes terceirizados são acusados de matar dois jovens no Rio

Nova Iguaçu - Dois vigilantes foram presos, ontem de manhã, acusados da morte de dois jovens, em outubro, no campus da Universidade Federal Rural, em Nova Iguaçu. Segundo as investigações, os seguranças que prestavam serviço no local teriam agredido e executado as vítimas. Eles foram presos em suas casas, em Belford Roxo e Nova Iguaçu, em operação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Leandro Abreu da Silva e Adriano de Freitas Santos tiveram as prisões temporárias de 30 dias decretadas por duplo homicídio qualificado. Segundo a polícia, Adriano admitiu ter matado os jovens com a ajuda de Leandro. Ele teria usado a arma da firma de vigilância e Leandro, a própria arma. Mais dois seguranças, que também foram presos na ação, ainda não tem a participação no crime comprovada.

Segundo testemunhas, os vigilantes costumavam agredir pessoas que entravam no terreno para consumir drogas. O local está em obras para a construção do campus da universidade, que começará a funcionar em abril. Ainda conforme os relatos feitos à polícia, o estudante de Engenharia Hildemar Dias Agra Júnior, 34 anos, e Reginaldo Santos Costa, 32, teriam se recusado a sair do local e xingado os seguranças.

Logo após o crime, um ligação para o Disque-Denúncia (2253-1177) foi repassada à delegacia, informando a participação dos vigilantes nas mortes. O universitário foi atingido por dois disparos, no peito e na nuca. Reginaldo levou três tiros pelo corpo. De acordo com o delegado Ricardo Barboza, o confronto balístico feito com projéteis retirados do corpo de Hildemar foi compatível com dois revólveres calibre 38, usados pelos vigilantes.

“Eles demonstraram frieza, usando a arma da empresa e pedindo demissão no mês seguinte ao crime. Ainda sumiram com pertences das vítimas para simular roubo. A conduta leva a crer que não foi a primeira vez que fizeram isso. Estamos investigando informações de que eles teriam ligações com grupo de extermínio”, disse o delegado. Segundo a universidade, os vigilantes eram prestadores de serviço de empresa terceirizada.

Tentativas de encobrir a participação

As investigações duraram cinco meses. Nesse período, a polícia descobriu que os acusados tentaram encobrir a participação nos homicídios. “O livro de registro das armas estava na casa de um dos vigilantes. No dia do crime, os quatro não anotaram quais as armas usavam. Em depoimento, Adriano disse que ‘esqueceu’ de registrar”, contou o delegado, ressaltando que o livro de cautela foi apagado com corretor. Em seguida, foi descrita no livro uma pane no revólver que passou pelo confronto balístico.

Leandro foi preso ao chegar em casa do plantão de outra firma de segurança, que presta serviço para o Detran em Belford Roxo. A mãe dele passou mal: “Sou evangélica, criei meus filhos dentro da igreja. Não esperava por isso, nunca imaginei ver meu filho preso”.

Na casa de Adriano, a polícia encontrou uma arma calibre 12 artesanal, feita com canos de aço. Ao manusear a arma, um agente se feriu acidentalmente no braço.
Fonte: Jornal "O DIA"

Polícia flagra consumo de drogas em frente à universidade no ABC

Dois homens foram presos com cocaína, maconha e LSD. Em nota, universidade diz que tudo ocorre fora do campus.
Do G1, com informações do Jornal Nacional
A polícia desmontou um esquema de venda de drogas para estudantes na região metropolitana de São Paulo. A aula termina e a festa começa no meio da rua em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista. É tanta gente que a ambulância demora mais de 15 minutos para abrir caminho na rua. O ônibus da universidade que fica na mesma rua também tem dificuldade pra passar. Veja o site do Jornal Nacional No meio da multidão, as imagens mostram um estudante de camiseta verde entregando uma porção de maconha para um homem encostado no muro. Calmamente, ele prepara um cigarro e acende. O rapaz que trouxe a droga, volta e eles fumam ali mesmo.
Diante deles, uma moça passa mal e é amparada pelos colegas. Os jovens nem desconfiam, mas havia mais de 20 policiais se fazendo passar por estudantes, de olho no que acontece, principalmente em volta de uma árvore, uma espécie de ponto de apoio para os traficantes. Quase às 23h, a rua foi cercada. Quem está na rua passa por uma revista. Nem os sapatos ficam de fora. Cães farejadores ajudam a procurar drogas. E elas estão em volta da árvore. Dois homens são presos. “Com as imagens obtidas com o cinegrafista do setor de inteligência, nós vamos procurar identificar outros traficantes e prendê-los”, disse o delegado Rafael Rabinovici.
Com medo, os moradores não gravam entrevista, mas dizem que não conseguiam mais entrar em casa ànoite e procuraram a polícia. Os investigadores levaram três semanas para descobrir o esquema de venda de drogas na rua da universidade. Foram apreendidos maconha, LSD, cocaína, frascos com lança perfume e dinheiro. Com um dos presos, havia um bilhete - uma espécie de contabilidade que demonstra: nesse ambiente, droga se comprava até com bilhete de transporte público.

Em nota, a Universidade Metodista de São Paulo diz que tudo era feito fora da instituição e que a entrada no campus ocorre por meio de catraca eletrônica e com registro de imagem.

Saiba mais:
Polícia flagra tráfico de drogas perto de universidade em São Bernardo

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1538338-5605,00-POLICIA+FLAGRA+CONSUMO+DE+DROGAS+EM+FRENTE+A+UNIVERSIDADE+NO+ABC.html