terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Fórum disponibiliza relatório de pesquisa Fapesp

Juliana Vinuto · Barueri (SP)

Em dezembro de 2009 a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) aprovou o relatório da pesquisa organizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, referente a produção acadêmica sobre violência, crime e segurança pública.
A pesquisa, chamada “Mapeamento das conexões teóricas e metodológicas da produção acadêmica brasileira em torno dos temas da violência e da segurança pública e as suas relações com as políticas públicas da área adotadas nas duas últimas décadas (1990-2000)”, estuda a produção acadêmica brasileira sobre os estudos referentes à violência e criminalidade nos últimos 10 anos.
Desde a década de 1980 a violência tornou-se objeto de muitos estudos, porém a produção acadêmica referente a essa temática ainda é tímida.
Tal cenário exige a continuidade dos esforços de várias esferas, seja da comunidade científica para explorar temas ainda pouco conhecidos, seja das agências de fomento em trabalhar com o interesse nesta área de investigação científica. Porém, por mais tímido que seja esse cenário, é importante frisar que houve ganhos em termos teóricos e metodológicos, mostrando o esforço da produção científica nacional por ir além de modelos já consagrados.
A pesquisa aborda temas como características da organização social do crime e da violência, modalidades de violência, entre outros. No acervo de estudos disponíveis é notória a ênfase no estudo de políticas públicas de segurança e justiça criminal, estrutura e funcionamento das agências encarregadas de controle do crime, desempenho dos operadores técnicos e não-técnicos do direito na aplicação das leis penais, especialmente o foco dado ao desempenho dos agentes policiais.
Ao mesmo tempo, foram sendo incorporados novos temas, como o crime organizado e o tráfico de drogas; a tensão permanente entre direitos humanos, de um lado, e políticas de segurança, punição e controle social, de outro; além de questões relacionadas à impunidade e ao funcionamento do sistema judicialAssim, mostra-se importante reunir e trabalhar os dados sobre a produção acadêmica nacional referente à violência e à segurança pública, dado que permite estabelecer diferenças e similitudes deste campo, além de analisar as disputas, discursos e atores em questão.
Tal cenário mostra-se imprescindível para que o problema da segurança pública no Brasil fique cada vez mais próximo de uma situação de controle.
Veja o relatório de pesquisa:

Mudança de nome da PM de São Paulo resolverá os problemas?

O governador de São Paulo, José Serra, enviou proposta à Assembleia Legislativa para que se altere o nome da Polícia Miiltar para Força Pública de São Paulo. A idéia de tal mudança é aproximar a Polícia Militar da comunidade, tirando o aspecto militarista da corporação.

Assim, esta se tornaria uma polícia em defesa da população e não do Estado. Ficam duas perguntas:

1) Se a comunidade reclama por uma polícia mais próxima às suas demandas, será que mudando o nome da corporação essas demandas serão atendidas?

2) Mudando o nome da corporação ela deixará de ser uma defensora do Estado?

Esses são pontos, entre vários outros, que precisam ser pensados.

Abaixo alguns comentários:

Poderia se fazer isso caso houvesse uma unificação das polícias, aí sim.
Fazer maquiagem é prática comum dos governos de esquerda - governos sempre ávidos por totalitarismo - do qual José Serra é um representante engajado e atuante.
É assim que as esquerdas operam, por chamar uma coisa de outra e não resolver nada.
Porque ele não aumenta os salários, disponibiliza armas e munições das submetralhadores e espingardas que a policia tem para que possa na necessidade usar nas ocorrências? Porque não passa a extender o seguro a tempo integral para os policiais das duas forças? É tanta coisas que se tem que fazer que levar a sério essa proposta é ofender o bom senso.
Perdeu-se a mão... não tem mais a mínima vergonha na cara e tudo passou a ser aceitável. Luís Augusto Panadés · São Paulo (SP)

O comentário de Luiz Augusto , é pertinente, e somada a um governo que se desculpa dizendo que não sabe de nada sobre segurança, reivindicações, manifestações e ou indices da violência.
Não creio ser homem desinformado, e sim mal intencionado, dissimulado e que trata a res-, com total descaso, seu projeto pessoal, politico está acima de tudo e todos.
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Mudar simplesmente o nome da polícia não adianta nada se não existir a valorização do profissional e a limpeza interna retirando maus policiais das ruas e também reestruturando o organismo da polícia.A polícia precisa entender que quantidade não é qualidade.A PM de SP tem mais de 90.000 homens na ativa.Nem todos estão trabalhando na atividade fim.Nem todos são reconhecidos.Mudar o nome da polícia pode até dar certo.Mas se não der faremos o que ? Tentaremos outro nome ? Quem sabé FORÇA POLICIAL ESTADUAL OSTENSIVA ? Tenha dó ... Antonio Marcos Martins de Oliveira · Diadema (SP)
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Essa relação entre a mudança de nome da polícia e solução de problemas relativos ao trabalho policial, não é tão simples como está sendo colocado. A Polícia Militar de São Paulo vem ao longo dos últimos anos realizando uma série de mudanças na estrutura da organização. Essas mudanças têm sido feitas em várias áreas como: na seleção de novos candidatos, na formação, na educação continuada, na implementação de ferramentas inteligentes que possibilitam o melhor gerenciamento do policiamento, na criação de programas de policiamento, entre tantas outras. Um problema que vivemos, e que não é exclusivo da polícia do Brasil, é que carecemos de indicadores para mensurar esse desempenho. Fato é que grande investimento tem sido feito para aprimorar a prestação do serviço policial, no estado de São Paulo. Embora muito esteja sendo feito, ainda há muito por fazer. Na área da segurança pública, sempre haverá algo que se possa aperfeiçoar.
No Brasil e em outros países da América Latina, o termo "Militar" está associado ao regime militar. Um período da história que pertence ao passado, mas que ainda interfere de forma negativa na relação presente entre a polícia e o público. A característica militar da polícia está vinculada às relações internas da instituição. A atividade de policiamento é eminentemente civil. Mudar o nome para Força Pública contribui para reforçar a imagem de uma polícia que já vem mudando. Isso não é maquiagem! Tânia Maria Pinc · São Paulo (SP)
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Em Sâo Paulo o que precisa mudar é esse governandor medíocre e dissimulado, ele é um inimigo dos policiais do Brasil e não só de São Paulo. Mudar o nome não muda a essência, pois os PMs de São Paulo estão sendo massacrados pela política do PSDB, portanto , seria mera maquiagem. PSDB e Serra nunca maisssssss, a sociedade e a polícia não merece tanto desprezo. Sebastião Eduardo Borges de Oliveira · Rio Claro (SP)
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Concordo plenamente com a proposta de alteração do nome da Instituição como sendo mais um passo na sua evolução. A valorização do policial também é muito importante e não deverá ser esquecida nunca, mas essas outras atividades também são necessárias para um melhor aperfeiçoamento da prestação dos serviços policiais. Ronaldo de Oliveira e Silva · São Paulo (SP)